O roteiro do Joinville no NBB segue o mesmo há longas e intermináveis 14 rodadas. O time faz três períodos muito bons e um muito ruim, peca nos rebotes e acaba derrotado. Contra o Brasília não foi diferente. A equipe vacilou muito no segundo quarto, foi facilmente superada pelos rivais na recuperação de bolas após arremessos e saiu de quadra com uma derrota na bagagem. O problema é que essa derrota afasta muito o time do Distrito Federal na tabela e restringe cada vez mais a briga do Joinville contra o rebaixamento.
Como já dito a cima, os roteiros dos jogos dos Joinville parecem prontos previamente. A equipe mais uma vez começou muito bem, com Starks em excelente forma da linha dos três pontos. O americano acertou três arremessos do perímetro e fez 15 pontos o período. Mathias também foi muito bem no ataque, somando sete pontos ao placar joinvilense, enquanto Socas se encarregava de pegar três dos seis rebotes da equipe no quarto. Bem neutralizado, o time da casa teve dificuldades para responder ao ímpeto dos visitantes. Apenas Graterol conseguiu seguidos sucessos diante da defesa joinvilense, pontuando oito vezes. Bem na partida, o Joinville terminou o quarto vencendo por 29 a 23.
Foi então que o time sofreu o já tradicional apagão. O segundo quarto foi um desastre e o Brasília fez o que todos os outros 13 últimos adversários do Joinville também fizeram: aproveitou para ganhar o jogo. Cook foi o único jogador do Joinville que fez mais de uma cesta no período. Pelo Brasília, Graterol e Zach Graham somaram 11 pontos. O Joinville tentou apostar nas bolas de três e chutou 10 vezes do perímetro, acertando apenas duas. Fora isso o time fez apenas uma tentativa para dois pontos, não convertida por Mathias. O Brasília fez 16 arremessos para dois pontos, acertando nove.
Os rebotes também foram outro ponto de desvantagem joinvilense. Enquanto o Brasília pegou 11, o time de Santa catarina pegou apenas quatro. O único bom momento de Joinville no jogo foi o toco de Starks, surpreendendo a todos no ginásio. Como não poderia deixar de ser, o Brasília passou a frente no marcador: 45 a 40.
No terceiro quarto as duas equipes voltaram dispostas a atacar. Starks e Vezaro calibraram a mão no vestiário e somaram 12 pontos. Foram sete do americano e mais cinco do brasileiro. Mas Arthur apareceu como uma grata surpresa para os brasilienses, fazendo 10 pontos no quarto, com 100% de aproveitamento dos seus arremessos. O experiente Nezinho também contribuiu com oito pontos. Nos rebotes, mais uma vitória dos donos da casa, 10 a 5 no total. Em um período equilibrado, o Brasília foi ligeiramente melhor, aumentando a vantagem em três pontos: 75 a 67.
O último quarto era tudo ou nada para o Joinville. Starks, Vezarinho e Socas bem que tentaram, mas não conseguiram diminuir a diferença do time da capital federal. A equipe catarinense até melhorou nos rebotes, com 11 ao todo. Muito por conta de Mathias, que sozinho pegou cinco. Mas pelo lado do Brasília, Arthur continuou pontuando bem e ganhou a companhia de Rava, que repetiu a atuação do companheiro no quarto anterior e também pontuou 10 vezes. Grahan ainda pegou cinco rebotes e a equipe mandante conseguiu manter a diferença em oito pontos até o final.
Apesar da derrota, Starks foi o cestinha do jogo com 27 pontos. Socas (18), Mathias (12) e Vezaro (11) também foram importantes no setor ofensivo do Joinville. Starks ainda contribuiu com cinco assistências, enquanto Mathias pegou seis rebotes. No Brasília o cestinha foi Arthur, que fez 21 pontos, seguido por Graterol com 19 e Grahan com 14. Grahan ainda pegou nove rebotes e Nezinho atingiu mais um double-double na carreira. O veterano fez 13 pontos e deu 10 assistências.
O resultado manteve o Joinville na lanterna, com apenas quatro vitórias em 22 jogos. O Brasília é o 12º colocado, com sete triunfos. Com isso, a briga contra o rebaixamento fica cada vez mais restrita a Vasco e Joinville. O próximo compromisso dos catarinenses é só no dia 11 de março, quando recebe o São José no Centreventos. Já o Brasília tem jogo já no próximo dia 7, quando visita o Vasco no Rio de Janeiro.
Texto: Vitor Forcellini